BAÍA DA GUANABARA DO EXTRATIVISMO A SUSTENTABILIDADE PELA AQUICULTURA

  • Daniel de Morais Brito
  • Marcos Lins Andrade
  • Marcelo Rodrigues de Souza
  • José Teixeira de Seixas Filho
Palavras-chave: Preservação ambiental, poluição, malacocultura, cadeias sustentáveis, pesca artesanal.

Resumo

A preservação do meio ambiente tem se tornado cada vez mais foco de
preocupação da sociedade e os agentes envolvidos demonstram de forma bastante
dinâmica suas ambições e expectativas. O avanço desordenado da urbanização,
geralmente atraído pelas atividades econômicas, ocorre muitas vezes em áreas
irregulares sem saneamento básico A Baía de Guanabara ainda é o mais importante
local de pesca do estado do Rio de Janeiro, embora receba diariamente 70% do esgoto
doméstico de 8,3 milhões de pessoas que vivem na região metropolitana, além de
incluir, diariamente, uma diversidade de agentes poluentes. São aproximadamente 12
mil litros por segundo de efluentes in natura. Infelizmente sua grande contribuição para
a socioeconomia do Rio de Janeiro está baseada no extrativismo, que sofre com a
contínua ação poluidora nesta baía. Produz cerca de 500 toneladas de pescado por mês,
ou seja, seis mil toneladas por ano, que movimentam um importante mercado pesqueiro,
com aproximadamente três mil pescadores. A dimensão social da sustentabilidade está
relacionada com a distribuição justa de renda, a disponibilidade de empregos, boa
qualidade de vida e igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais. Dentre os
esforços para reduzir a poluição da Baía de Guanabara está o projeto Ecobarreiras, que
consiste em remover e reciclar uma parcela do lixo flutuante presente nos rios que
deságuam na Baía de Guanabara, visando a melhoria da sua qualidade de água, como
contribuição para que se amplie, em forma de cooperativa, os cultivos comerciais de
moluscos aos que já estão presentes nos sete municípios litorâneos do Estado Rio de
Janeiro, onde cerca de 150 produtores atuam através de cinco associações e duas
cooperativas. No litoral fluminense é cultivado principalmente o mexilhão. Esses
trabalhadores podem ser encontrados em quase todas as praias de Niterói, mas parecem
invisíveis aos olhos das políticas públicas durante os diversos governos estaduais que já
exerceram a governança do Estado do Rio de Janeiro, que poderiam organizar esta
prática que está sendo realizada de forma clandestina e perigosa, que além de poluir a
Baía de Guanabara, fornece alimento de qualidade duvidosa aos consumidores.

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Publicado
2020-07-18
Como Citar
de Morais Brito, D., Lins Andrade, M., Rodrigues de Souza, M., & Teixeira de Seixas Filho, J. (2020). BAÍA DA GUANABARA DO EXTRATIVISMO A SUSTENTABILIDADE PELA AQUICULTURA. Revista Prisma, 1(1), 1-23. Recuperado de https://revistaprisma.emnuvens.com.br/prisma/article/view/6
Seção
Estudos